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Mostrando postagens de julho, 2005

Crescimento

“A quem muito é dado, muito será cobrado”. Esta é uma máxima que trago comigo desde o começo de minha formação. De nada adianta aprendermos, crescermos, se nosso conhecimento não se refletir em ações, e se estas ações não levarem outras pessoas a crescerem também. Especialmente na dimensão da Fé. “Fé sem obras, é fé morta”, dizia Tiago. Mas para que nosso aprendizado de fé chegue a dar frutos é indispensável que haja o crescimento desta fé, em suas três dimensões: pessoal, com Deus e com a comunidade (sociedade). Uma fé autêntica não se fecha em si mesma, mas nos coloca em movimento.

Reflexos

Quando comecei a participar, comecei a colocar em prática o que estava aprendendo no grupo. Convidei minha irmã a participar, e nós duas, conseguimos trazer muito do que aprendemos para nossa família. Aprendemos juntas, erramos juntas, e amadurecemos juntas. “Palavras comovem, exemplos arrastam”. De nada adiantaria participarmos, se não aplicássemos ao menos parte do que pregávamos e acreditávamos em nossas vidas. Felizmente, colhemos até hoje o resultado destes pequenos gestos, aumentou a liberdade com nossos pais, a afetividade entre nós irmãos, e entre pais e filhos cresceu enormemente em nossa casa. Este é um dos principais frutos que colhemos participando dos grupos de juventude. E não precisamos nem falar em grupos enormes, de caráter Diocesano, mas sim do grupo de base, simples, ali na comunidade, que nos apoiou, nos suportou para sonhar e partilhar das dificuldades e alegrias que surgiram destes sonhos.

Afetividade

A geração de meus pais não foi educada para expressar afetividade. Por mais que soubéssemos (eu e meus irmãos) que nossos pais nos amavam, a dimensão da afetividade em si, como o toque, o carinho, a manifestação do amor deles em gestos, nunca foi vivenciada em nossa família. Com o amadurecimento das relações nos grupos, o processo de formação que experimentamos nos levou a questionar estas relações, estas manifestações. E nos fez perceber que tínhamos todo o potencial para melhorar e desenvolver esta dimensão não só no nosso grupo vivencial, mas em nossa família. O que aprendíamos nos grupos, rompia o limite das paredes da salinha da igreja, e ia conosco para nossa casa. Ali aprendemos vivencialmente que não se separa fé e vida. Nada mais prático do que uma boa teoria.

Vínculos

O jovem precisa se identificar com o grupo, isso é fato. Mas mais do que isso, para que haja um verdadeiro engajamento, ele precisa se sentir parte deste grupo, sendo necessário, sendo ouvido. No meu processo de formação esta dimensão foi fundamental. O líder do grupo do qual eu participava, sabia muito bem trabalhar isso nos participantes. Logo eu estava com o senso de ‘propriedade’ bem forte, e logo também passei a assumir responsabilidades para com este grupo. Esta dimensão de propriedade e vínculo foi essencial para meu desenvolvimento humano. Quando nos sentimos parte de algo, nossa afetividade fica diretamente vinculada a este algo, e isso nos coloca diante de conflitos que nos impulsionam ao crescimento pessoal.

Anseios

Anseios – desejo veemente. É o desejo que nos move. O desejo de ser feliz, o desejo de adquirir, o desejo de respostas, o desejo de A regra dominante na natureza é a SOLIDARIEDADE, não a rivalidade. Quando na adolescência o principal anseio é o de encontrar, ou definir, a própria identidade. Para isso é importante que o adolescente se identifique com outros adolescentes. Todos buscam a convivência em grupo. O jovem (aqui abandono a palavra adolescente, e passo a utilizar a definição JOVEM, pois vou colocar o papel do participante e dos assessores dos grupos, que também são jovens) anseia encontrar seu lugar no mundo, e isso se reproduz no grupo, nesta fase fica evidente a necessidade da formação dos vínculos.

Adolescência

Há quem diga que esta é uma das fases mais difíceis da vida. Eu considero esta uma das fases mais lindas. Como diria o bom e velho Padre Zezinho “um jovem custa muito pouco... só um pouquinho de amor”, e isso é a mais pura verdade. Um jovem faz tudo intensamente. Ama intensamente, odeia intensamente, se envolve intensamente e repudia com a mesma intensidade as coisas, situações e pessoas que não lhe agradam. Lembro de minha adolescência, foi bem assim, com intensidade. Queria respostas pra tudo, e principalmente queria algo que respondesse a infinidade de perguntas e anseios que havia em mim. Fui convidada por uma colega de aula a participar do grupo de jovens da comunidade onde moro. Lá rapidamente fiz amizades que foram os vínculos que me mantiveram participando do grupo. Logo em seguida começou o processo de amadurecimento, que segue até hoje. Vou fala um pouco sobre a importância de cada um destes passos.

Eu - Introdução

OI POVO Vou publicar aqui um trabalho que fiz na Unisinos, que fala do que os movimentos de juventude representaram e representam na minha vida. Ajuda quem ler a me conhecer melhor. Bom... vamos lá. Introdução “Deus nos deu asas maiores do que o ninho” (provérbio hindu) Vou falar um pouco sobre o que representam na minha vida os movimentos de juventude, sobre o que já vivenciei e amadureci dedicando parte do meu tempo a estas atividades.

Motivos...

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, - não sei, não sei. Não sei se ficoou passo. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: - mais nada. Cecília Meireles