Que a irreverência e o desprendimento de Exú me animem a não encarar
as coisas da forma como elas parecem à primeira vista e sim que eu
aprenda que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado
bom e proveitoso! Laro Yê Exu!
Que a tenacidade de Ogum me inspire a viver com determinação, sem que
eu me intimide com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança
desobstruam meu caminho e seu escudo me defanda. Ogum Yê meu Pai!
Que o labor de Oxossi me estimule a conquistar sucesso e fartura às
custas de meu próprio esforço. Suas flechas caiam à minha frente, às
minhas costas, à minha direita e à minha esquerda, cercando-me para
que nenhum mal me atinja. Okê Arô Ode!
Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que
restaure minhas energias, mantendo minha mente sã e corpo são. Ewe
Ossanhe.
Que Oxum me dê a serenidade para agir de forma consciente e
equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no
curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa
cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para
encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem
arrependimentos. Ora YeYêo Oxum!
Que o arco-íris de Oxumaré transporte para o infinito minhas orações,
sonhos e anseios, e que me traga as respostas divinas, de acordo com
meu merecimento. Arrobobo Oxumaré!
Que os raios de Yansã alumiem meu caminho e o turbilhão de seus
ventos leve para longe aqueles que de mim se aproximam com o intuito
de se aproveitarem de minhas fraquezas. Êpa Hey Oyá!
Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da Lei Divina em meu
coração. Seu machado pese sobre minha cabeça agindo na consciência e
sua balança me incuta o bom senso. Caô! Caô Cabecilê!
Que as ondas de Yemanjá me descarreguem, levando para as profundezas
do mar sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-me a oportunidade de
sepultar definitivamente aquilo que me causa dor e que seu seio
materno me acolha e me console. Odoyá Yemanjá!
Que as cabaças de Obaluayê tragam não só a cura de minhas mazelas
corporais, como também ajudem meu espírito a se despojar das
vicissitudes. Atotô Obaluayê!
Que a sabedoria de Nana me dê uma outra perspectiva de vida,
mostrando que cada nova existência que tenho, seja aqui na Terra ou
em outros mundos, gera a bagagem que me dá meios para atingir a
evolução, e não uma forma de punição sem fim como julgam os
insensatos. Saluba Nanã!
Que a vitalidade dos Ibeijis me estimule a enfrentar os dissabores
como aprendizado; que eu não perca a pureza mesmo que, ao meu redor,
a tentação me envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas
sim refinamento moral! Onibeijada!
Que a paz de Oxalá renove minhas esperanças de que, depois de erros e
acertos; tristezas e alegrias; derrotas e vitórias; chegarei ao meu
objetivo mais nobre; aos pés de Zambi maior! Êpa Babá Oxalá!
------
Sabem que sou católica, até pouco tempo atrás, era 'de carteirinha'...
hoje tô mais prá católica por teimosia...
mas vamos em frente!
Recebi esta oração em um grupo que preza o diálogo inter-religioso,
e não pude deixar de postar,
até porque... o 20 de novembro está chegando,
e a questão do negro no Brasil é uma questão ainda pouco explorada.
Moro em uma região de colonização alemã, (o berço, aliás, pois foi aqui que a primeira leva chegou .. em 1824).
Chegou e simplesmente 'deletou' a existência dos negros, que estavam em São Leopoldo desde muito antes, haja visto que isto era uma Real Feitoria (um espaço onde o império mantinha escravos com o intuito de cultivar a terra e produzir para o império... aqui plantava-se linho).
Deixo neste espaço esta oração, pois rezar com o diferente, é uma forma de também enxergar Deus.
Acho muito interessante a forma como a cultura africana se relaciona com suas divindades... a questão do 'ter a divindade em seu corpo' é uma teologia muito interessante... muito diferente de nós cristão ocidentais que a jogamos cada vez mais para fora... trancamos em igrejas/padarias, portadoras e únicas fabricadoras do Deus/pão.
Egoísmo?
bom... isso é discussão para outro momento....
Rezemos com o povo negro...
E que neste dia 20 de Novembro saibamos aprender um pouco a resistir aos poderes opressores, como fez Zumbi.
E que, do mesmo modo que os africanos/africanistas rezam com seus orixás... que nos aproximemos de verdade do nosso Deus, dos nossos valores.
Amém, Axé!
as coisas da forma como elas parecem à primeira vista e sim que eu
aprenda que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado
bom e proveitoso! Laro Yê Exu!
Que a tenacidade de Ogum me inspire a viver com determinação, sem que
eu me intimide com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança
desobstruam meu caminho e seu escudo me defanda. Ogum Yê meu Pai!
Que o labor de Oxossi me estimule a conquistar sucesso e fartura às
custas de meu próprio esforço. Suas flechas caiam à minha frente, às
minhas costas, à minha direita e à minha esquerda, cercando-me para
que nenhum mal me atinja. Okê Arô Ode!
Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que
restaure minhas energias, mantendo minha mente sã e corpo são. Ewe
Ossanhe.
Que Oxum me dê a serenidade para agir de forma consciente e
equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no
curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa
cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para
encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem
arrependimentos. Ora YeYêo Oxum!
Que o arco-íris de Oxumaré transporte para o infinito minhas orações,
sonhos e anseios, e que me traga as respostas divinas, de acordo com
meu merecimento. Arrobobo Oxumaré!
Que os raios de Yansã alumiem meu caminho e o turbilhão de seus
ventos leve para longe aqueles que de mim se aproximam com o intuito
de se aproveitarem de minhas fraquezas. Êpa Hey Oyá!
Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da Lei Divina em meu
coração. Seu machado pese sobre minha cabeça agindo na consciência e
sua balança me incuta o bom senso. Caô! Caô Cabecilê!
Que as ondas de Yemanjá me descarreguem, levando para as profundezas
do mar sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-me a oportunidade de
sepultar definitivamente aquilo que me causa dor e que seu seio
materno me acolha e me console. Odoyá Yemanjá!
Que as cabaças de Obaluayê tragam não só a cura de minhas mazelas
corporais, como também ajudem meu espírito a se despojar das
vicissitudes. Atotô Obaluayê!
Que a sabedoria de Nana me dê uma outra perspectiva de vida,
mostrando que cada nova existência que tenho, seja aqui na Terra ou
em outros mundos, gera a bagagem que me dá meios para atingir a
evolução, e não uma forma de punição sem fim como julgam os
insensatos. Saluba Nanã!
Que a vitalidade dos Ibeijis me estimule a enfrentar os dissabores
como aprendizado; que eu não perca a pureza mesmo que, ao meu redor,
a tentação me envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas
sim refinamento moral! Onibeijada!
Que a paz de Oxalá renove minhas esperanças de que, depois de erros e
acertos; tristezas e alegrias; derrotas e vitórias; chegarei ao meu
objetivo mais nobre; aos pés de Zambi maior! Êpa Babá Oxalá!
------
Sabem que sou católica, até pouco tempo atrás, era 'de carteirinha'...
hoje tô mais prá católica por teimosia...
mas vamos em frente!
Recebi esta oração em um grupo que preza o diálogo inter-religioso,
e não pude deixar de postar,
até porque... o 20 de novembro está chegando,
e a questão do negro no Brasil é uma questão ainda pouco explorada.
Moro em uma região de colonização alemã, (o berço, aliás, pois foi aqui que a primeira leva chegou .. em 1824).
Chegou e simplesmente 'deletou' a existência dos negros, que estavam em São Leopoldo desde muito antes, haja visto que isto era uma Real Feitoria (um espaço onde o império mantinha escravos com o intuito de cultivar a terra e produzir para o império... aqui plantava-se linho).
Deixo neste espaço esta oração, pois rezar com o diferente, é uma forma de também enxergar Deus.
Acho muito interessante a forma como a cultura africana se relaciona com suas divindades... a questão do 'ter a divindade em seu corpo' é uma teologia muito interessante... muito diferente de nós cristão ocidentais que a jogamos cada vez mais para fora... trancamos em igrejas/padarias, portadoras e únicas fabricadoras do Deus/pão.
Egoísmo?
bom... isso é discussão para outro momento....
Rezemos com o povo negro...
E que neste dia 20 de Novembro saibamos aprender um pouco a resistir aos poderes opressores, como fez Zumbi.
E que, do mesmo modo que os africanos/africanistas rezam com seus orixás... que nos aproximemos de verdade do nosso Deus, dos nossos valores.
Amém, Axé!
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