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Eu e Deus (parte 2)

Falo no post anterior do sentimento de individualização.

O referencial é o homem, que frequenta a denominação religiosa que quiser, e que não tem um pingo de peso na consciência por faltar a missa de domingo. E o fato de não ir à missa tampouco o torna um ateu.

Levei tempo para entender a transformação ideológica pela qual passamos. Fui educada em uma Igreja 'moderna', da qual eu participava por opção, e onde eu me sentia comunidade.
Já faz algum tempo que mesmo nos ambientes chamados de 'comunidades' ou 'paróquias', não se vive mais o sentido primitivo de comunidade. Talvez porque as pessoas já não saibam mais, não consigam mais vivenciar esta dimensão.

Temos necessidade do transcendente, de 'ouvir, buscar, sentir' a Deus.

São inúmeros movimentos, seitas e grupos que oferecem este 'estar com Deus', mas com uma linguagem muito mais mercadológica do que cristológica.

Eu faço uma novena - Nossa Senhora dos Nós me atende.
Eu compro a rosa abençoada pelo pastor - Deus me entrega a bênção
Eu dou o axé do orixá - meu Santo abre meus caminhos.
Dízimo, dízimo - Deus abençoa as famílias DIZIMISTAS. (as outras se sobrar verba)

toma lá - dá cá

Mas quando eu leio os textos evangélicos (entenda-se aqui por evangélicos os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João) e as cartas pastorais e apostólicas, entendo que a mensagem que transmite é de gratuidade.

Onde se perdeu este sentido?

Estou tentando recuperar isso. Realmente acredito que valha a pena viver esta proposta.
O Amor ainda é o canal.

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