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Eu e Deus (parte 1)


Nunca o homem foi tão voltado ao transcendente.


Esta é uma afirmação um pouco complicada, se contra-argumentarmos que, fora o padre, ninguém vá a missa todo o santo domingo .

Grande parte das pessoas ainda têm a concepção de que 'ser religioso' é 'ser praticante de uma religião'.

Isso de fato até foi verdade, mas quando não se concebia um homem viver em sociedade sem estar inserido na instituição igreja.

Hoje (felizmente!!!) a relação com o Divino e a Economia da Salvação não estão mais vinculadas às mãos sacerdotais (ou pastoris).

O homem pós moderno desacredita das instituições.

E não é só a igreja não - pense em governo, polícia, partidos políticos - são todas, todas perderam crédito.

Isso não é ruim, no momento em que aproxima o homem do seu criador, sem barreiras, tributos ou pedágios.

Mas é ruim quando traz consigo o pior que o processo de individualização pode trazer, que é a incapacidade de trabalhar em equipe, em conjunto (ou 'comunidade').

Sozinhos somos fracos, impotentes.

Isso sim, é muito ruim.

Na impotência desacreditamos, nos tornamos passivos, deixamos de defender a vida, o direito, a justiça. Porque também sabemos que passamos a estar/ser sozinhos, e que ninguém virá nos defender quando a coisa encrespar pro nosso lado.

O que nos resta?

Olhar para cima e esperar o socorro?

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