Pular para o conteúdo principal
"Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual.
Somos seres espirituais passando por uma experiência humana "
(Teilhard de Chardin)
 
Esta frase me falava profundamente no coração.
Hoje não sei se ando meia herege, ou agnóstica mesmo.
A pieguisse já não faz mais parte do meu ser.
Há alguns dias atrás, me classificaria como atéia.
 
Descrente que estou da instituição igreja, da humanidade em geral.
 
Entretanto, um padre me fez mudar de opinião.
Mas não um padre qualquer, um padre católico.
Mas não um católico neo-conservador, como a grande massa do clero retrô de hoje.
 
Um padre que de tão apaixonado pelo reino, deu a vida por ele.
Um reino concreto, não um reino virtual, cheio de anjos e flores de perfume anestésico.
 
Oscar Romero é seu nome, um mártir de uma Igreja que está morrendo, sufocada por clégimas e costumes medievais. Que se fecha em si mesma e deixa os pobres do lado de fora, morrendo de dor e de fome, porque 'política é coisa do Estado, igreja deve cuidar do espiritual'.
 
Espiritual é o ser humano em sua essência!
 
Somos seres espirituais, o homem é TODO espiritual, do momento da concepção até o momento da partida.
Nosso corpo é de carne, carne espiritual. Nossos sentimentos, nossas dores, nossa fome, nosso desejo, nossos sonhos... nada se separa da dimensão espiritual.
Negar isso nos deixa vazios.
E o vazio é frio, nos seca por dentro.
 
Não entendo o medo em assumir esta dimensão espiritual em toda a integridade da pessoa...
 
 
"Irmãos, eu gostaria de gravar no coração de cada um esta ideia: o cristianismo não é um conjunto de verdades nas quais devemos acreditar, de leis que devem ser cumpridas, de proibições! Assim se torna muito repugnante. O cristianismo é uma pessoa, que me nos amou tanto, que pede nosso amor. O cristianismo é Jesus Cristo e o evangelho."
 6 DE NOVEMBRO DE 1977
 
 
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

dormir na rede...

Tá um calor tão gostoso aqui no Rio Grande do Sul, em pleno inverno... Não é comum, mas tá gostoso! Sabe aqueles dias lânguidos? (esta palavra tirei do fundo do baú agora, hehehe) n os quais a gente só pensa em estar no sol... 'lagarteando'? Nossa... to com um soninho... dormiria na rede agora, nem precisaria de uma leitura prévia para dar sono... Curiosidades sobre redes de dormir: A primeira citação nominal em português da rede de dormir foi feita em 27 de abril de 1500 pelo escrivão da frota portuguesa, Pedro Vaz de Caminha, na ocasião em que o Brasil foi descoberto. Segundo consta em seus relatos, os índios dormiam sobre redes altas, atadas pelas extremidades. De acordo com os registros recolhidos até hoje, as redes possuem o copyright sul-americano. O nome “rede” foi dado pelos portugueses. Os índios a chamavam de “ini”. “A cama obriga-nos a tomar o seu costume, ajeitando-nos nele, procurando o repouso numa sucessão de posições. A rede toma o nosso feitio, contamina-se co...

bergamota

Inverno... uma coisa boa de se fazer é comer bergamota no sol... vc quer uma? hehehehe E vc, o que gosta de fazer no inverno?

Pandemia e aceleração

Em nossa casa comum, precisamos cuidar da nossa saúde de forma integral, conectada com o meio ambiente, a sociedade, a saúde do nosso corpo, nossa mente e nossa alma. Acredito na visão orgânica disso tudo, uma coisa não existe sem a outra, e não há como ter saúde de fato sem um certo equilíbrio entre cada uma destas dimensões. O cenário de pandemia, no qual todos estamos mergulhados, trouxe à tona diferentes cenários de aceleração e desaceleração. A atualidade é acelerada, a informação cresce a uma velocidade que nossos ancestrais sequer teriam condições de imaginar ou compreender.  E nosso corpo não consegue acompanhar. Biologicamente as mudanças demoram eras para se perpetuarem em uma espécie. Ainda temos em nosso DNA memórias dos caçadores coletores, que não metabolizam vitamina B, por exemplo, pois ela esteve disponível na alimentação natural da espécie por inúmeras gerações.  O hormônio do sono só é sintetizado em nosso corpo quando conseguimos ter uma boa...